Governo dos EUA usa vulnerabilidade de carteiras para confisco histórico de Bitcoin
Os Estados Unidos fizeram um grande anúncio recentemente: conseguiram apreender mais de 127 mil bitcoins, que valem aproximadamente 15 bilhões de dólares. No entanto, o governo não explicou exatamente como obteve as chaves privadas dessas carteiras, que são essenciais para acessar essas criptomoedas.
Investigando mais a fundo, os documentos relacionados ao caso indicam que os EUA podem ter se aproveitado de uma vulnerabilidade antiga conhecida como “Milk Sad”. Além disso, há indícios de que eles estariam envolvidos em um dos maiores ataques hacker da história.
A história começa com Chen Zhi, que é acusado de operar um esquema enganoso. Ele atrai vítimas com falsas propostas de trabalho e as força a aplicar golpes românticos na internet. É uma abordagem cruel e que mostra como o mundo dos golpes virtuais pode ser perigoso.
Cenas chocantes e evidências impactantes surgem nas investigações, incluindo uma foto com cerca de 1.250 smartphones controlando 76 mil perfis em uma rede social popular. Esses aparelhos eram usados em um verdadeiro campo de concentração, onde pessoas eram coagidas a cometer fraudes.
Outro aspecto relevante é o uso de empresas de fachada e até cassinos online para a lavagem de dinheiro, além da mineração de criptomoedas. É aí que aparece a operação chamada Lubian, que teve sua vez nas atenções.
A Maior Hack da História do Bitcoin
Sobre a mineração, o caso do Lubian se destaca. Essa operação chinesa possuía várias instalações de mineração, não apenas na China, mas também no Irã. Para se ter uma ideia, em agosto deste ano, uma análise apontou que um erro na geração de chaves privadas havia resultado no maior hack registrado da história — isso ocorreu cinco anos atrás, mas só agora foi percebido.
O governo americano anunciou a apreensão de 127.271 bitcoins, que se alinha bem perto do que os dados atuais apontam: 127.426 bitcoins ainda estão parados em uma carteira relacionada ao “hacker da Lubian” desde 2020. É uma coincidência impressionante.
E se isso já não bastasse, o governo dos EUA diretamente menciona o Lubian várias vezes em seus documentos. Eles revelam que os lucros ilícitos dos golpes eram usados para financiar operações de mineração de criptomoedas em larga escala, incluindo instalações no Laos e no Texas. Durante um período, a operação Lubian foi a sexta maior do mundo nesse setor — um feito alarmante sabendo que os lucros vinham de crimes.
Os endereços relacionados à Lubian mostram uma realidade preocupante. É notório que apenas 30% dos fundos eram provenientes de criptomoedas recém-mineradas, o que não é comum e levanta suspeitas de lavagem de dinheiro.
Conclusões Sobre o Caso
A verdadeira prova de que o FBI pode estar por trás do hack da Lubian vem da correspondência entre os endereços citados no processo e aqueles que foram comprometidos no passado. Isso revela o poder de investigação e apreensão que a agência possui quando se trata de criptomoedas.
Por outro lado, essa situação também gera uma série de perguntas sobre outros ataques que ocorreram no setor nos últimos anos. O caso ilustra tanto os avanços nas investigações quanto os perigos da fraudes digitais que ainda persistem.